domingo, 27 de maio de 2007

ATIVIDADES INVESTIGATIVAS 2 E 3




A. O que o estudante trás consigo do colégio? Face à esta pergunta, foi elaborado um jogo de montar células eucariontes constituído de uma placa de ferro e de vários tipos de organelas imantadas (em estados morfofuncionais diferentes) para que o estudante, livremente, use seus conhecimentos prévios e monte uma célula (Gomes & Abdalla, 2007 - todos os direitos reservados). A partir desta "célula conceitual" exploramos as potencialidades e fragilidades dos conhecimentos dos alunos através de um estudo dirigido e um questionário que privilegia a interdisciplinaridade e quase a totalidade do conteúdo da disciplina de Biologia Celular. Neste estágio, o estudante é convidado a uma reflexão sobre seus conhecimentos prévios, uma (re)-elaboração dos seus conhecimentos equivocados e a uma construção de novos conhecimentos. A Atividade Investigativa 1 consiste numa conversa informal com os alunos no primeiro dia de aula sobre as organelas e componentes celulares e suas funções, culminando numa representação gráfica em cartolina de uma célula eucarionte animal, uma célula eucarionte vegetal e uma célula procarionte. Nesta atividade, mapeamos as potencialidades e fragilidades individuais.


B. O que o estudante (re)elaborou durante a disciplina? No processo da terceira etapa investigativa, os estudantes se utilizam de massa colorida de modelar e gel para montar uma célula no seu aspecto tridimensional (Prof. Dr. Hylio Laganá Fernandes, 2006). Nota-se que até a Atividade 2 nossos esforços foram para extrair e elaborar o conhecimento prévio do aluno, sem nos preocupar com a tridimensionalidade. Esse aspecto é muito importante, uma vez que os estudantes, até de pós-graduação, trazem consigo a imagem esquemática (e) idealizada da célula em corte. Esse desvio de formação acarreta dificuldades futuras no aprendizado do estudante em matérias afins durante o curso de graduação e, posteriormente, na multiplicação desse conhecimento como Educador e/ou como Pesquisador da área.


C. O que o estudante deve levar consigo após cursar a disciplina? O fruto desta atividade é de extrema riqueza de significados. Podemos explorar os aspectos de dimensão das organelas celulares, a sua representatividade tridimensional (ou real), a sua dinâmica funcional e a sua disposição espacial ou regional, entre muitos outros tópicos. Nota-se sempre a ausência de um citoesqueleto, conceito muito pouco elaborado pelos estudantes e, ainda, uma representação "conceitual" de célula. Alguns grupos mesclam a representação das organelas nos seus aspectos tridimensionais e em corte. Neste último, as mitocôndrias são alvos da representação esquemática ideal (alongadas com cristas perfeitas) e como observadas em cortes seriados. Como estas organelas “aparecem” em diversas disciplinas da biologia devido a sua grande importância evolutiva e nos processos bioquímicos e fisiológicos, temos a impressão que esta é o alvo de maior conhecimento do estudante, a mitocôndria parece estar “fixada” em sua construção de conhecimento. Portanto, estudos posteriores irão focalizar mais profundamente a concepção holística dos alunos desta organela.



Estas atividades, além de auxiliarem o estudante no entendimento da Biologia da Célula, auxiliam os Educadores a detectar, numa perspectiva de metodologia pedagógica e científica, as potencialidades e fragilidades dos estudantes, levando o Educador a condução investigativa e precisa da disciplina, focando-se na (des)construção e/ou na (re)elaboração de conceitos equivocados dos estudantes, facilitando suas potencialidades e auxiliando na introdução de novos conceitos científicos; mais aprofundados. A dinâmica é o uso da criatividade, da liberdade, das potencialidades e do lúdico, para que os estudantes "aprendam a aprender" (segundo diretrizes da UNESCO e das dos Cursos de Biologia - MEC).

Tanto para os bacharelandos como para os licenciandos, estas atividades além de auxiliarem no aprendizado, formarão, a partir da lembrança e reflexão futuras, um profissional mais "liberto", humanizado e criativo.

sábado, 26 de maio de 2007

ATIVIDADE PRÁTICA - ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR E CÉLULAS POLARIZADAS (ENDOMEMBRANAS)


A. Micrografia eletrônica de transmissão, mostrando as junções de adesão e oclusão e desmossomo. Nota-se ainda as microvilosidades (mv) das células absortivas (ca) do intestino delgado. FONTE: http://www.icb.ufmg.br/mor/biocelch/microvilosidades.html


B. Micrografia óptica obtida em aula prática (curso de Ciências Biológicas Bacharelado), mostrando como são observadas as microvilosidades (mv) das células absortivas (ca) do intestino delgado (íleo) ao microscópio óptico. Notar os núcleos celulares (n) corados em roxo pela hematoxilina e sua posição basal. Nota-se ainda que entre as células absortivas há uma célula caliciforme (semelhante a um cálice), cujo o núcleo (n) localicaliza-se na porção basal e as vesículas de secreção de muco (m) na porção apical [o corpo do "cálice"]. Especial atenção na porção apical do epitélio intestinal: não há microvilosidades nas células caliciformes. L = Lúmen ou luz intestinal.


C. Micrografia eletrônica de transmissão colorida digitalmente. Notar a polarização ou "domínios" das organelas celulares. Vesículas de muco (m) na porção apical e o conjunto formado pelo núcleo (n) e organelas celulares na porção apical. Ao lado, células absortivas (ca). FONTE: http://www.wellcome.ac.uk/en/bia/gallery.html?image=9
ATENÇÃO: APESAR DE NÃO HAVER ESCALAS NAS MICROGRAFIAS, OS AUMENTOS ENTRE AS FIGURAS SÃO BEM DIFERENTES.

sábado, 19 de maio de 2007

Atividade Interdisciplinar - Exposição (CORPO HUMANO: REAL E FASCINANTE)


Esta imagem faz parte do volume publicado por Premiere Exhibitions (todos os direitos reservados), Inc., em parceria com a exposição Corpo Humano - Real e Fascinante. Página 16, Tecido Muscular.

Fotógrafos: Fred Golden, Ann Arbor, Michigan.

Diretor Médico: Dr. Roy Glover - Professor Emérito, Anatomia e Biologia Celular, Universidade de Michigan.